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segunda-feira, 9 de agosto de 2021

O dia que você nos deixou

 




No dia em que você nos deixou, como em um cliché de filme, chovia. Porém, naquele dia, eu ainda não entendia que era o dia em que você nos deixou.  Eu continuava esperando que em uma reviravolta louca você aparecesse dizendo que era uma brincadeira de mau gosto. Sim, é absurdo, mas eu aprendi que no luto o absurdo é o comum de quem ama.

 A dor do luto é física. Ela rasga de dentro para fora, ela fere pelas entranhas, como se ela sempre tivesse estado ali e estivesse apenas esperando o momento certo para sair rasgando tudo,deixando a alma e o corpo abatidos de cansaço.  Dormimos sem querer dormir. Simplesmente, o corpo se desliga, porque sabe que se não fizer isso não suportará.  O luto dói de tantas maneiras que eu não poderia jamais imaginar e que talvez eu jamais saiba descrever.  É o desespero para aliviar a dor gritando mais alto dentro de nós.
Que todos nós iremos morrer algum dia todos nós sabemos. O que não sabemos, até que alguém que amamos muito nos deixe, é que a morte não morre nunca. Fica ali, latejando, todos os dias… 

É assim que tento entender sua ausência Hariken. 






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