Então estou morta? E que cor você viu, ao ver meu corpo estagnado no chão? Tirando o vermelho de sangue, ou o azul mórbido da agonia. Conte-me, que cor foi? Que cor você viu em mim, finalmente liberta? Escrevo isso antes de voar, porém, gostaria muito de escrever no momento em que me atirei daquela sacada, pois, por um pequeno momento, voei. Olha que maravilha, virar pássaro e voar, mesmo que depois encontrar o chão e ver a luz. Ou a falta de luz. Então, pense comigo, se voei e depois morri; voei pra liberdade!
Eu só senti em silêncio, se querem saber, esse foi o meu problema: não falar nada. E por mais que seja um motivo pequeno, você já guardou tudo oque sente pra si mesmo? E depois doeu, não doeu? Então, repita isso mais de cem vezes e verá como a dor se torna anestesia. Então você desiste de sentir, e já que não sente mais, não tem motivos pra continuar aqui, simples. As pessoas… Bom, não gosto dessa frase, parece até um novo julgamento, mas de fato, as pessoas dizem que não sentem mais, mas sempre sentem. Tanto que, mesmo dizendo que o coração virou pedra, na outra semana espalham para todos que se decepcionaram de novo. Quem desistiu de sentir está aqui, comigo, no inferno ou no céu. Ou na eterna escuridão, tudo depende de religião. E não se decepcionando de novo.
Agora, parando pra pensar, em meio a risos, vejo que escrevo essa carta apenas para os policiais que possivelmente estão ou estavam encarando meu corpo. Como já havia dito, não sinto, e por isso não tenho muitas pessoas. Alguns “amigos”, para quem nunca contei nada. E não, não tenho pais nem família. Não me pergunte o porquê, quando me dei conta estava sozinha no mundo. Por isso sei que, no coração das pessoas, não serei alguém que marcou. Isso foi o que me incentivou a me atirar.
Você que está lendo isso: se sinta privilegiado, está falando com uma morta, ninguém nunca fez isso. Porque, por mais que tenha escrito isso ainda viva, eu falaria o mesmo morta, então, conta como ponto pra você, não é?
Mas, afinal, cansei de enrolar, só queria avisar, me matei porque quis. Sem drama. Não sou bandida, ladra ou qualquer coisa do tipo. Nunca cometi homicídios além do meu. E não sofro de arrependimento por causa disso. Antes de levantar hipóteses, lembre-se que quem manda na gente é a gente mesmo. E eu me mandei embora desse jeito. Adeus, fique bem. Tudo de bom pra você. Estou feliz seja onde eu esteja, e espero que seja em um lugar com pássaros pois descobri que também tenho asas. Me desejo sorte.
Eu só senti em silêncio, se querem saber, esse foi o meu problema: não falar nada. E por mais que seja um motivo pequeno, você já guardou tudo oque sente pra si mesmo? E depois doeu, não doeu? Então, repita isso mais de cem vezes e verá como a dor se torna anestesia. Então você desiste de sentir, e já que não sente mais, não tem motivos pra continuar aqui, simples. As pessoas… Bom, não gosto dessa frase, parece até um novo julgamento, mas de fato, as pessoas dizem que não sentem mais, mas sempre sentem. Tanto que, mesmo dizendo que o coração virou pedra, na outra semana espalham para todos que se decepcionaram de novo. Quem desistiu de sentir está aqui, comigo, no inferno ou no céu. Ou na eterna escuridão, tudo depende de religião. E não se decepcionando de novo.
Agora, parando pra pensar, em meio a risos, vejo que escrevo essa carta apenas para os policiais que possivelmente estão ou estavam encarando meu corpo. Como já havia dito, não sinto, e por isso não tenho muitas pessoas. Alguns “amigos”, para quem nunca contei nada. E não, não tenho pais nem família. Não me pergunte o porquê, quando me dei conta estava sozinha no mundo. Por isso sei que, no coração das pessoas, não serei alguém que marcou. Isso foi o que me incentivou a me atirar.
Você que está lendo isso: se sinta privilegiado, está falando com uma morta, ninguém nunca fez isso. Porque, por mais que tenha escrito isso ainda viva, eu falaria o mesmo morta, então, conta como ponto pra você, não é?
Mas, afinal, cansei de enrolar, só queria avisar, me matei porque quis. Sem drama. Não sou bandida, ladra ou qualquer coisa do tipo. Nunca cometi homicídios além do meu. E não sofro de arrependimento por causa disso. Antes de levantar hipóteses, lembre-se que quem manda na gente é a gente mesmo. E eu me mandei embora desse jeito. Adeus, fique bem. Tudo de bom pra você. Estou feliz seja onde eu esteja, e espero que seja em um lugar com pássaros pois descobri que também tenho asas. Me desejo sorte.
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